Sônia Guajajara, a primeira ministra indígena do Brasil, que assume o recém criado Ministério dos Povos Indígenas, há muito carrega em seu discurso, sempre firme, desafiador e disruptivo, mas também sereno e agregador, a importância e o desafio de trazer os povos indígenas para a centralidade das discussões políticas, tangenciando esse olhar dos povos originários a tudo que diz respeito ao Brasil e garantindo não apenas reconhecimento, mas também a participação efetiva na construção de um modelo de país, mais justo ambiental e socialmente.
Durante o Abril Indígena de 2017, quando povos de todo o país ocuparam Brasília, a então coordenadora-executiva da APIB, organização da qual ficou à frente entre 2013 e 2022, anunciou: os povos indígenas não aceitariam mais ser pauta secundária. Cinco anos depois, após ser eleita deputada federal pela Bancada do Cocar, Sônia Guajajara foi convidada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva para estar à frente do ministério que vai representar as mais de 300 etnias espalhadas por todo o país – a consolidação de uma conquista coletiva do movimento indígena que promete fortalecer uma luta global.
Para conhecer sua trajetória e entender melhor os motivos da escolha dela como a primeira ministra dos Povos Indígenas do Brasil, nossa dica é o documentário Guardiãs da Floresta, que relembra momentos marcantes e decisivos da vida e da luta de Sonia Bone Guajajara, da infância na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, à atuação em Brasília.
Acesse o episódio completo, gentilmente cedido pela @auroracinematografica e disponível neste link:
https://vimeo.com/176370788
Vamos fazer o som do maracá ecoar mais alto e mais longe?
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